EN SAN PABLO... SE LLEVO LA 9na. MARCHA DE LOS IMIGRANTES.
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Mesclando união e diversidade, Marcha dos Imigrantes convida a superar fronteiras
Por: Rodrigo Borges Delfim - São Paulo - SP - Brasil - 03/12/2015 08:51:07
Ao menos 300 pessoas participaram da manifestação, mas outras estimativas apontam para em torno de 600 participantes. Entre eles, integrantes de uma ampla gama de grupos culturais e religiosos, nacionalidades, instituições de apoio ao migrante, entidades de direitos humanos, pessoas independentes, entre outros. Uma diversidade unida em torno de reivindicações que visam a promoção da dignidade humana, independente da origem, crença, gênero ou idioma.
Ao longo da marcha, que foi da Praça da República à Catedral da Sé, era possível ver lado a lado bandeiras de povos distantes geográfica e culturalmente entre si, como República Democrática do Congo e Bolívia, mas unidos em torno das pautas levadas à rua pelo ato.
“Temos muitos povos aqui representados hoje na Marcha por um mundo sem fronteiras e sem discriminação” lembrou Rosana Gaeta, funcionária da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e voluntária no CAMI (Centro de Apoio e Pastoral do Migrante), um dos movimentos que organizam a manifestação.
Outro exemplo da diversidade e da mensagem de tolerância foi a participação do grupo Soul da Paz, que abriu os trabalhos da Marcha. Formada por cristãos, muçulmanos, budistas, hinduístas e representantes de outras crenças, a banda tem em seu repertório canções que pregam a paz e a busca pelos denominadores comuns na luta por justiça e paz para o mundo.
“Isto é para lembrar que as religiões também apoiam e estão a serviço da inclusão social e da dignidade”, lembrou Roque Patussi, diretor do CAMI, sobre a participação do grupo. E ao longo do percurso a Marcha também contou com a adesão de um grupo de umbandistas, expressando solidariedade em especial às comunidades africanas. “Assim como vocês, queremos apenas ser aceitos como somos”, disse um dos integrantes do grupo durante o ato.
A exemplo de 2014, a Marcha deste ano contou com o Bloco das Mulheres, que tanto reforçou as pautas gerais do ato como chamou a atenção para as exigências femininas da igualdade de gênero.
“Foi bem bacana o bloco e conseguimos, do ano passado para cá, ter uma força mais unida. Teve bem mais mulheres imigrantes no bloco esse ano do que em 2014 e acho que conseguimos chamar mais a atenção para a marcha”, analisa a militante chilena Andrea Carabantes Soto, integrante da Equipe de Base Warmis e uma das organizadoras do bloco.
“Estamos vendo uma sociedade cada vez mais reacionária, retrógrada. Mas cada vez que participo desse tipo de manifestação eu vejo que não estou sozinha e que tem mais gente pensa como eu, que as fronteiras são políticas, econômicas, mas não deveriam ser humanas”, opina Mariana Meidani, descendente de gregos e integrante do grupo Zorbás, de dança folclórica grega. Ela apenas sentiu falta da presença de sírios e haitianos na manifestação, duas das nacionalidades que mais aparecem no noticiário brasileiro sobre migrações.
Pela primeira vez na Marcha, o boliviano Eduardo Schwartzberg acredita que ela mostra a cara dos migrantes, que eles moram em São Paulo e querem direitos. “Acho que ações como essa mostram que os migrantes também contribuem com o Brasil, que querem e devem ter obrigações como direitos”.
A visibilidade também foi lembrada pelo jornalista Christo Kamanda, da República Democrática do Congo. “Ninguém escolhe onde nasce. o mundo inteiro. O Brasil tem de ser um lugar de todos, assim como também deveria ser a Europa, Oceania, a Ásia. Para mim é importante é dar essa resposta aos políticos, de que o mundo pertence a todos nós”.
Fonte:
Bolívia Cultural
MigraMundo
Por: Rodrigo Borges Delfim - São Paulo - SP - Brasil - 03/12/2015 08:51:07
“Fronteiras Livres, Não à Discriminação”. Foi com esta mensagem que a Marcha dos Imigrantes caminhou pelas ruas do centro de São Paulo neste domingo (29). Fronteiras essas que, pelo menos durante a manifestação, pareciam ignoradas e superadas.
Ao menos 300 pessoas participaram da manifestação, mas outras estimativas apontam para em torno de 600 participantes. Entre eles, integrantes de uma ampla gama de grupos culturais e religiosos, nacionalidades, instituições de apoio ao migrante, entidades de direitos humanos, pessoas independentes, entre outros. Uma diversidade unida em torno de reivindicações que visam a promoção da dignidade humana, independente da origem, crença, gênero ou idioma.
Ao longo da marcha, que foi da Praça da República à Catedral da Sé, era possível ver lado a lado bandeiras de povos distantes geográfica e culturalmente entre si, como República Democrática do Congo e Bolívia, mas unidos em torno das pautas levadas à rua pelo ato.
“Temos muitos povos aqui representados hoje na Marcha por um mundo sem fronteiras e sem discriminação” lembrou Rosana Gaeta, funcionária da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e voluntária no CAMI (Centro de Apoio e Pastoral do Migrante), um dos movimentos que organizam a manifestação.
Outro exemplo da diversidade e da mensagem de tolerância foi a participação do grupo Soul da Paz, que abriu os trabalhos da Marcha. Formada por cristãos, muçulmanos, budistas, hinduístas e representantes de outras crenças, a banda tem em seu repertório canções que pregam a paz e a busca pelos denominadores comuns na luta por justiça e paz para o mundo.
“Isto é para lembrar que as religiões também apoiam e estão a serviço da inclusão social e da dignidade”, lembrou Roque Patussi, diretor do CAMI, sobre a participação do grupo. E ao longo do percurso a Marcha também contou com a adesão de um grupo de umbandistas, expressando solidariedade em especial às comunidades africanas. “Assim como vocês, queremos apenas ser aceitos como somos”, disse um dos integrantes do grupo durante o ato.
A exemplo de 2014, a Marcha deste ano contou com o Bloco das Mulheres, que tanto reforçou as pautas gerais do ato como chamou a atenção para as exigências femininas da igualdade de gênero.
“Foi bem bacana o bloco e conseguimos, do ano passado para cá, ter uma força mais unida. Teve bem mais mulheres imigrantes no bloco esse ano do que em 2014 e acho que conseguimos chamar mais a atenção para a marcha”, analisa a militante chilena Andrea Carabantes Soto, integrante da Equipe de Base Warmis e uma das organizadoras do bloco.
“Não estamos sozinhos”
Eventos como a Marcha dos Imigrantes ganham ainda mais importância devido a um contexto global que vivencia um crescimento da xenofobia e do preconceito contra migrantes, refugiados e determinadas crenças, raças e gêneros.“Estamos vendo uma sociedade cada vez mais reacionária, retrógrada. Mas cada vez que participo desse tipo de manifestação eu vejo que não estou sozinha e que tem mais gente pensa como eu, que as fronteiras são políticas, econômicas, mas não deveriam ser humanas”, opina Mariana Meidani, descendente de gregos e integrante do grupo Zorbás, de dança folclórica grega. Ela apenas sentiu falta da presença de sírios e haitianos na manifestação, duas das nacionalidades que mais aparecem no noticiário brasileiro sobre migrações.
Pela primeira vez na Marcha, o boliviano Eduardo Schwartzberg acredita que ela mostra a cara dos migrantes, que eles moram em São Paulo e querem direitos. “Acho que ações como essa mostram que os migrantes também contribuem com o Brasil, que querem e devem ter obrigações como direitos”.
A visibilidade também foi lembrada pelo jornalista Christo Kamanda, da República Democrática do Congo. “Ninguém escolhe onde nasce. o mundo inteiro. O Brasil tem de ser um lugar de todos, assim como também deveria ser a Europa, Oceania, a Ásia. Para mim é importante é dar essa resposta aos políticos, de que o mundo pertence a todos nós”.
Fonte:
Bolívia Cultural
MigraMundo
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