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EN SAO PAULO ... VENDA DE BEBIDA ALCOHOLICA PERJUDICA LA FERIA KANTUTA.

Venda de bebida alcoólica prejudica a Feira Kantuta e seus visitantes
Por: Gi Teodoro em 10/01/2014 14:52:03

Um dos principais redutos bolivianos na cidade, a feira cultural e gastronômica chega a receber 10 mil visitantes no domingo,grande ponto de interação com todas as nacionalidades. Agora, um problema que se pensava resolvido, volta a aparecer: venda e consumo de bebidas alcoólicas trazem problemas a Kantuta.



Na mais reconhecida feira boliviana de São Paulo as cenas de crianças, famílias e integração são muitas, com direito a gastronomia, compra de produtos alimentícios e artesanatos. Também é possível ouvir música típica e apreciar os grupos folclóricos, que praticam diversos ritmos na praça em alguns finais de semana. Nos dias de festa, artistas e dançarinos com roupas típicas (coloridas, com muita textura) são as atrações principais.

A Feira da Kantuta é organizada pela Associação Padre Bento, que tem implantado ações para que a estrutura do evento cresça. Entre elas, a gestão atual trabalhou uma campanha de retirada das vendas de bebidas alcoólicas no local. O reconhecimento disso foi grande e a feira virou referencia, acessível para passeios em família e amigos que atraem o brasileiro. 
                  
Mas agora isso corre risco. Já no final de 2013 os dirigentes e visitantes puderam ver o retorno do consumo de álcool, o que pode custar muito caro ao convívio e saúde dos visitantes e também a imagem da feira. 

O presidente da Associação, Paulo Rodrigues, diz que a diretoria está ciente e que o tema não é fácil: “O diálogo junto aos feirantes é difícil, muitos defendem que a chicha como um aspecto cultural”. A chicha que o presidente da feira fala é uma bebida boliviana, feita a base de milho, com teor alcoólico e bastante difundida na Bolívia. Paulo afirma ainda que: “Estas questões vão ser trabalhadas como prioridade, no momento está em discussão a introdução de medidas de controle”, que seriam uma alternativa.

Em reunião com representantes da Polícia Militar, realizada no bairro do Canindé na quinta-feira (10/01), a importância de normas de consumo, para a segurança pessoal dos frequentadores da feira foi apontada pelo Tenente Coronel Reis, para ele é preciso conhecimento para que as pessoas não coloquem a si e aos outros em risco. Já a Tenente Coronel Ana Rita, que acompanha diversos casos envolvendo imigrantes registrados pela polícia, acrescenta ainda que a maioria poderia ser prevenida. Agora, o Consulado Geral da Bolívia em São Paulo, o Consulado do Peru em São Paulo, o Bolívia Cultural e a Polícia Militar realizam parceria na produção de um guia sobre segurança.

A chicha pode ser traiçoeira

Um comentário comum para quem prova a chicha é “não parecer forte/ lembrar suco/ ser docinha” entre outras coisas. O que pode ser perigoso na ingestão de uma bebida alcoólica, como confirma o Dr. Waldo Delgado, médico boliviano que esteve em São Paulo acompanhando a delegação de atletismo da Bolívia durante a 89ª Corrida de São Silvestre, ele aponta que: “A chicha é traiçoeira” (acompanhe o áudio), já que pelo sabor adocicado, por lembrar um suco, a pessoa não percebe que está ficando bêbada e continua consumindo. Coisas ruins para a saúde e que também podem levar a comportamentos ruins. 


Dr. Waldo Delgado.



Em endereço anterior a feira foi expulsa por problemas

Quando a feira boliviana era realizada na Praça Padre Bento (em frente a Igreja Santo Antonio do Pari, no Brás) os moradores da região pediram que fosse retirada do local. Pois os vícios e excessos, entre eles o alto consumo de álcool, que cercaram a feira trouxeram problemas.

Com novo endereço, na Praça Kantuta (próxima a estação de Metrô Armênia) a organização se estruturou para evitar novos acontecimentos do tipo. Dois anos atrás, a nova diretoria apresentou trabalhos para a retirada da venda de bebidas alcoólicas, que com sucesso, trouxeram as indicações de guias gastronômicos dos veículos Veja São Paulo, Verdejando, Época São Paulo, entre outros. A diretoria toma agora novas atitudes para combater o problema.

Fred Carrillo, responsável pela parte de eventos da Feira Kantuta, conta que há 2 anos atrás após a posse da atual diretoria, foi realizado um trabalho intenso junto aos feirantes e o público para abolir as bebidas alcoólicas da feira para valorizar a qualidade do evento: “A situação trás problemas como brigas, necessidades fisiológicas nos lugares indevidos, o transporte depois e outras coisas que atrapalham a interação”.

Membro da diretiva da instituição, Fred, que é mais conhecido como Wara finaliza: “Hoje o consumo voltou junto com a bebida típica boliviana, o boliviano tradicionalmente bebe muito, mas isso não pode se transformar num ponto negativo aqui no Brasil, quando nossa cultura é tão rica, isso deve ser valorizado”.  
Fonte: 
Bolívia Cultural

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