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204 AÑOS DEL GRITO LIBERTARIO DE ... LA PAZ

La Paz comemora 204 anos do primeiro grito libertário da América
Por: Redação Bolívia Cultural - São Paulo, 10 de Julho de 2012

A cidade de La Paz completa 204 anos de história e luta quando em 16 de julho de 1809 foi dado o primeiro grito libertário das Américas.  

 

Em 16 de Julho de 1809 Pedro Domingo Murillo e uma tropa de patriotas, seguiram o exemplo de 25 de Maio de 1809 em Chuquisaca, quando se levantaram contra o regime monárquico espanhol buscando a liberdade desta localidade do continente americano. 

História de La Paz

A cidade de Nuestra Señora de La Paz (ou simplesmente "La Paz") foi fundada em 20 de outubro de 1548, pelo capitão espanhol Alonso de Mendoza, no local em que, atualmente, se situa a comunidade de Laja.

A fundação da cidade ocorreu por ordem de Dom Pedro de La Gasca, Vice-Rei do Peru naquela oportunidade, em celebração da restauração da paz naquele Vice-Reino. Coincidiu tal fato, assim, com o aniversário de um ano da histórica Batalha de Huarina, em que se enfrentaram os seguidores de Gonzalo Pizarro e Diego de Almagro, em guerra civil deflagrada pela insurreição de Pizarro diante de Blasco Nuñez Vela, primeiro Vice-Rei do Peru.

Dois dias após a fundação de La Paz, dirigindo-se o capitão Mendoza ao vale de Chuquiagu, nas proximidades de Laja, onde lhe pareceram o clima e a geografia mais propícios ao estabelecimento urbano – fatores estes, favorecidos, ademais, pela presença do rio Choqueyapu, rico em ouro –, decidiu-se pela transferência da cidade recém-fundada a este novo sítio, local onde se encontra até os dias atuais.

Sete anos após, foi enviado a La Paz, por determinação de Carlos V, Rei da Espanha, o atual escudo de armas da cidade, em que se lê a inscrição "Los discordes en concordia, en paz y amor se juntaron y pueblo de paz fundaron para perpetua memoria" ("Os discordantes em concórdia, em paz e amor se juntaram e povoado de paz fundaram para perpétua memória").

Principais bairros

 Centro Histórico: é o centro antigo de La Paz. Alberga na actualidade museus, hotéis, lojas e edifícios importantes como o Museu Nacional de Arte, a "Alcadía Municipal de La Paz" e o Banco Central da Bolívia. No centro encontra-se a Praça Murillo, que é onde ficam o Palácio do Governo e o Congresso Nacional.

 Zona Central: conhecida localmente como "el centro" é onde se encontram os bairros de San Jorge e Sopocachi. É onde se situam as principais lojas, hotéis e muitas embaixadas. Há ainda vários edifícios de departamentos do Estado, além de restaurantes e discotecas.

 Sopocachi: provavelmente um dos bairros residenciais mais antigos, a 10 minutos do centro e, pese a expansão e desenvolvimento da cidade, este bairro manteve a sua característica residencial.

 San Pedro: um dos mais antigos de La Paz. Construído em torno da "Plaza de San Pedro" (nome oficial: Plaza Sucre) na margem esquerda do rio Choqueyapu, o bairro é principalmente residencial mas alberga numerosas lojas e pequenas empresas, especialmente tipografias e reparação de automóveis. San Pedro inclui também o Mercado Rodríguez, um dos mais importantes e antigos da cidade.

 Miraflores: está separado do centro da cidade por um longo desfiladeiro (hoje o Parque Urbano Central) e unido ao mesmo pela Ponte das Américas e duas avenidas. De carácter inicialmente residencial, o seu crescimento fez com que se convertesse num importante centro comercial e de recreio. Alberga universidades e os principais centros hospitalares de La Paz, incluindo a importante faculdade de Medicina da UMSA. Em Miraflores fica o Estádio Hernando Siles (cap. 45 000 pessoas).

 Zona Norte: com importante actividade industrial (principalmente alimentar). A mais significativa é a Cervejaria Boliviana Nacional. Aqui está a auto-estrada que comunica La Paz com a cidade de El Alto.

 Zona Sul (Calacoto): tem menos altitude que o resto da cidade (3200 a 2800 m). Fica aqui a maioria dos bairros residenciais de La Paz.




Cueca Paceña - dança tradicional da cidade de La Paz

Curiosidades

 O nome original da llama é karua. Os espanhóis perguntaram aos nativos o nome de tais animais. Diziam: “Como se llama?” E os nativos não compreendendo repetiam: “Llama, llama...” Os espanhóis acreditaram ser este o nome e assim ficou.

 As mulheres solteiras usam as polleras mais coloridas e o chapéu inclinado.

 Os casamentos tendem a acontecer com mais freqüência nos anos pares. É tradição também após a cerimônia de casamento, o casal dar setes voltas nas praças da cidade.

 A igreja de São Francisco concluída em 1548 é um lugar que vale ser visitado até por aqueles que não têm religião, parte de sua construção foi feita com pedras da cidade de Tiwanaku.




 Os imigrantes
Tatiana Venegas Apaza (Ñusta 2012 da fraternidad Morenada Señorial Illimani

 
São Paulo é um dos destinos de muitos imigrantes bolivianos, principalmente dos pacenhos.  Aqui, encontram novas perspectivas de vida, estabelecem carreiras, família e acabam por criar fortes vínculos com o solo que escolheram como segunda casa. O reflexo se vê em outro país, na cidade de São Paulo, já que de 75% a 80% dos imigrantes bolivianos são paceños, segundo dados do CDHIC (Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante).

Tatiana Venegas Apaza, 21 anos, nascida em La Paz cresceu en Rio Abajo na Província Murillo . Buscando preservar suas raízes em outras terras, a colla entrou na Morenada Señorial Illimani, em que recentemente foi eleita a ñusta da fraternidade.

Sobre a saudade que sente de seu país diz: “Sinto muita falta dos nossos hábitos e costumes e principalmente da Sajta de pollo”.

 Freddy Constancio Carrillo (Wara)
 
A Sajta é um típico prato boliviano a base de frango, batata e tunta, um tipo de batata.

Para Tatiana o importante é não deixar para trás sua origem, “Nunca podemos nos esquecer de nossos costumes, sejamos bolivianos de coração”, afirma.

Já Freddy Constancio Carrillo Aliaga (Wara), deixou a cidade de La Paz há 28 anos.  Em terras bolivianas, morava na conhecida Avenida Buenos Aires com a Ricardo Bustamante na capital pacenha. Segundo o boliviano, o que mais tem saudade é do clima frio de sua cidade natal, onde aprendeu a vibrar e torcer pelo seu time de coração, o Bolívar. E de seus pais, que não vê com a frequência que gostaria.

Christian Alanoca (Integrante do grupo folclórico Caporales San Simon)
 
“Uma saudação carinhosa e calorosa a todos os pacenhos, desejo que todos preservem sua cultura. Dentro de nós sempre haverá uma pollera, um aguayo...”, saúda.

Atualmente, Freddy está na diretiva da Associação Gastronômica Cultural Folclórica Boliviana Padre Bento, instituição que organiza a Feira Kantuta.

Integrante do grupo folclórico Caporales San Simón, Christian Alanoca, 23 anos, residiu boa parte de sua vida no bairro de sopocachi na capital, onde apreciava seu prato preferido, o picante misto. Até vir para São Paulo.

Ao falar do que sente mais falta de La Paz, se emociona, “Minha namorada. Vivi lindos momentos com ela, indo ao cinema ao estádios torcer pelo Bolívar. São experiências únicas”.
 Bolivia informa
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Fonte: 
Bolívia Cultural

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