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EN SAN PABLO..EMBAJADA y CONSULADO ..SE REUNEN CON LA COMUNIDAD.

Assembleia da colônia boliviana com a Embaixada e Consulado Geral da Bolívia em SP

Por: Da Redação

No Memorial da América Latina, na manhã deste sábado (17) de agosto como já tinha sido combinado entre comunidade boliviana e o Embaixador Jerjes Justiniano, foi realizada a tão esperada Assembleia popular entre a colônia boliviana e autoridades consulares, e de embaixada no Brasil. Esta foi a primeira assembleia popular frente ao atual embaixador boliviano.




Dr. Jerjes Justiniano, Embaixador da Bolívia no Brasil
Fala a colônia presente no Salão dos Espelhos























A Bolívia tem tradição neste tipo de dialogo social, base das distintas conquistas sociais de reinvindicações populares, historicamente nas minas de Siglo XX (Catavi e Guanuni) onde se destacou a lendária Domitila Barrios (Domitila Chungara), a dirigente do Comitê das Donas de casa da Mina Siglo XX, que derrotou Paz Estenssoro, a ditadura de Banzer e que organizou as mulheres para lutar ao lado dos mineiros bolivianos contra o capitalismo e o machismo. Ultimamente a cidade de El Alto com Las Juntas Vecinales  demostra a força da organização popular claramente nas práticas sociais aymarás e mineiras no espaço urbano boliviano - a importância de tais movimentos para os processos políticos vividos naquele país ao longo da última década, destacando-se, em especial, os acontecimentos do ano de 2003 conhecidos como a Guerra do Gás, curiosamente a cidade de El Alto é a que mais cresce na Bolívia e passa a ser principal fonte de imigrantes bolivianos que vem ao Brasil em procura de trabalho e uma vida mais digna para suas famílias. 
Dr. Jerjes Justiniano, Embaixador da Bolívia no Brasil
em entrevista exclusiva ao Bolívia Cultural



Na mesma linha do dialogo e luta pelos direitos, o presidente boliviano, Evo Morales em coletiva de imprensa concedida durante o Foro de SP -(5) agosto- , fez coro ao avaliar que “é importante que o povo organizado, os movimentos sociais, e não somente os governos tenham o dialogo continuo”. A exemplo das grandes vitórias na sua gestão, existem hoje em dia projetos que tiveram anos de luta como por exemplo o Bono Dignidad e o Bono Juancito Pinto, ambos hoje em dia permitem a setores do pais a participação mais decente de cidadania. Tudo a base de luta e dialogo, “Que fique bem claro com um objetivo bem claro, com metas e sobre tudo humanidade no empreendimento”.

A assembleia começou com as melodias dos hinos nacionais da Bolívia e do Brasil no Salão Simon Bolívar aproximadamente com 30 minutos de atraso já que se esperava um público maior nas instalações. O motivo principal da ausência foi comentado no mesmo ambiente entre os presentes, era o horário já que a grande maioria dos convidados trabalham também aos sábados, pelo menos até as 14h.

O Embaixador Justiniano abriu o dialogo quebrando o protocolo pediu para o corpo consular e convidados da mesa virem para frente deixando para traz o conforto da mesa de exposição. Convidando ao dialogo, as perguntas foram expostas um a um pelos imigrantes que em sua maioria demonstravam a insatisfação principal do corpo consular que é atribuída a mediação do grande leque de denuncias e queixas que vem desde a saúde, seguridade, trabalho, até a obtenção de carteiras de motorista para os micro empresários da are têxtil. 

Podemos mencionar algumas das principais demandas a seguir:


-    Maior segurança para os imigrantes;
-    Dedicação maior no atendimento nos hospitais;
-    Organização da comunidade por bairros e por instituições mais ativas;
-    Maior agilidade na emissão de carteiras de trabalho;
-    Redução ou anulação dos valores nos tramites de documentação no consulado em SP;
-    Declaração das contas fiscais do consulado em SP;
-    Renuncia do Consul Dr. Jaime Valdivia Almanza;
-    Melhor atendimento por parte dos funcionários, nos consulado em SP;
-    Trabalho para os Imigrantes;
-    Capacitação dos imigrantes com horários flexíveis;
-    Fechamento dos locais de venda de bebidas alcoólicas na Rua Coimbra;
-    Maior rigor nos casos de Estupro de donos de oficinas as funcionarias; 
-    Menor rigor na fiscalização das oficinas de costura realizadas pela Policia Federal;
-   Implementação de nova lei boliviana para repatriação dos imigrantes, com passagens pagas pelo governo,
     e oportunidade de trabalho na Bolívia;
-    Menos burocracia no consulado em SP;
-    Melhor atendimento e sobre tudo educação e respeito dos funcionários com os atendidos;
-    Criação de creches, escolas, e centros médicos dedicados aos bolivianos;
-    Apoio a empreendedores bolivianos que investem no esporte da comunidade;
-    Capacitação de profissionais bolivianos para atuar no mercado brasileiro;
-    Segurança para os imigrantes que discordam com o consulado em SP;
-    Assembleias mais continuas com participação das autoridades da embaixada e

     consulado, organizadas pelo consulado; 
-    Facilidade e incentivo na abertura de conta bancaria;
-    Eleição de nova equipe consular com candidatos da própria comunidade; 
-    Criação de radio comunitária por solicitação da embaixada boliviana ao governo brasileiro;
-    Ajuda jurídica aos empresários bolivianos que são lesados pelos coreanos;
-    Segurança na Rua Coimbra;
-    Fechar o consulado da Av. Paulista que é para os ricos e alugar um em bairro de bolivianos;
-    Aumento de funcionários para agilizar os tramites...

Em dialogo aberto o convidado Cel. PM Diretor  - DPCDH – Glauco Silva de Carvalho, elogiou a dinâmica e euforismo dos pedidos, mais enfatizou também que não todas as petições competem ao consulado ou embaixada da Bolívia, lembrou quantas vezes o cônsul Jaime pediu apoio e ajuda a sua comunidade em pedidos que envolviam a secretária de segurança ou a policia civil da cidade de SP. Mesmo com todo esse trabalho acredita muito no sofrimento que ainda assola esta comunidade humilde e trabalhadora, e compreende muito o calor que envolve seus pedidos, ficou emocionado ao falar sobre o maltrato que sofrem mulheres nas oficinas de costura já que o coração fala mais alto nesse instante, não sendo mais neste momento quem lhes fala um policial, e sim um marido ou um pai de família! Segurando as lagrimas se despediu da plateia, oferecendo seu apoio incondicional a colônia.

Por motivo de horário e a eminencia de outro evento no salão Simon Bolívar o publico presente teve que ser deslocado ao salão dos Espelhos do Memorial da América Latina, num ambiente menor e sem auxilio de microfones e autofalantes o dialogo continuou com a redução no tempo dos reivindicadores a 2 minutos dando-se a fim do dialogo aproximadamente as 14:30h Nessa altura o Embaixador Jerjes Justiniano finalizou o encontro com o exemplo de 2 bolivianos de sucesso, um médico e um funileiro que atuam com muito destaque na cidade de Brasília. O embaixador deu este exemplo para que todos os imigrantes sejam igual a eles, usem o trabalho para levar em alto o nome do pais que os viu nascer, e sobre tudo foi enfático que o consulado e a embaixada ajudaram em todo momento na organização da comunidade. Terminou o dialogo prometendo que o atendimento ira mudar drasticamente nesta segunda feira. Dito isto deu por finalizada esta primeira assembleia.

 
  
 
Dr. Jaime Valdivia Almanza,
Cônsul Geral da Bolívia em São Paulo
 
Cel. Galuco Silva de carvalho, Diretor de Polícia Comunitária e de Direitos Humanos - Policia Militar do Estado de São Paulo.
  
 
Sr. Miguel Angel Saavedra, Imigrante boliviano
 
MSr. Oscar Perez, Imigrante boliviano

 
Dr. Jerjes Justiniano, Embaixador da Bolívia no Brasil
 
Sr. Mario Aruqipa Mamani, Imigrante boliviano
  
 
Sra. Ester Urquidia Dorado, Imigrante boliviana

Sr. René Cesar Barrientos, Imigrante boliviano - UGT 
Fonte: 
Bolívia Cultural

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