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EN SAN PABLO .. LA CELEBRACION DE LA PASCOA EN EL MUNDO.

Saiba como é celebrada a páscoa na Bolívia
Por: Angelina Miranda - São Paulo, 03 de Abril de 2012 - Atualizado em: 02/04/2015 16:44:00

Com a junção das tradições católicas e as crenças da cultura indígena, a data religiosa recria tradições, que estão presentes na cultura dos bolivianos até os dias de hoje. Uma delas são os pratos preparados na sexta-feira santa, dia da morte de Jesus Cristo. Fazendo alusão aos dozes apóstolos, é feita a exata quantidade de pratos variados, todos estes devem ser degustados por toda a família. Nenhum deles possui carne vermelha, de frango ou de porco, apenas carne de peixe. [Saiba mais]

 
Mesmo longe de seu país, os imigrantes resgatam um pouco da cultura e ainda que inseridos em outros costumes, preservam suas tradições, “Cheguei ao Brasil ainda criança e minha mãe, dona Maria nunca deixou de fazer os 12 pratos. Hoje velhinha com 88 anos não tem mais condições, então me dá algumas coordenadas e as iguarias ficam por minha conta” relembra a boliviana Isabel Sandoval.


Entre os pratos estão o quesohumacha, carbonada, ají de papalisa, arroz con leche, papas a la huancaína [conheça mais], e as sobremesas arroz doce, canjica e doce de abóbora além de frutas, como uva, ameixa e melão.

“Essas tradições são difíceis de morrer”, afirma dona Cristina Camacho, que mesmo estando no Brasil há 50 anos não deixa de seguir os costumes, repassando aos seus filhos e toda sua família. 

O antropólogo e diretor do Museu Nacional de Arte da Bolívia, Édgar Arandia explica que o costume da culinária católica veio da Europa. Cada receita era uma prática de fé e uma estratégia de sobrevivência, “Todas as celebrações religiosas realizadas pelos missionários, foram adaptadas e fundidas com as culturas indígenas e também de acordo com a visão de mundo. Se trata de uma maneira de preservação, para que os ritos e mitos sagrados mantenham a soberania alimentar”.

Além das comidas, as procissões que acontecem geralmente no centro das cidades são cruciais na Bolívia para consolidação do ato religioso. Acompanhado pelos fiéis, na procissão Señor del Sepulcro, a imagem de Jesus Cristo, é levada deitada numa estrutura de madeira envolta de vidro, passando pelas principais ruas da cidade. 
  
Ovo de Páscoa, costume recente na Bolívia


Criado muito antes do nascimento de Jesus, os ovos de páscoa tinham outra significação. Na Antiguidade, egípcios e persas davam aos amigos e familiares ovos coloridos com as cores da primavera. Somente muito tempo depois dos maias e astecas criarem o chocolate, foi que os franceses decidiram substituir os ovos naturais e não comestíveis, por ovos feitos de cacau.  

Dona Cristina recorda como era celebrada a data na Bolívia enquanto criança, “Não podia ouvir rádio, não podia festejar nem beber bebida alcoólica, era proibido até dar risada. Mas hoje muita coisa mudou”.

A boliviana ressalta o ato de encontrar ovos de páscoa à venda, pois o costume é recente na Bolívia, “Recentemente fui a um supermercado na Bolívia e encontrei produtos brasileiros e ovos de páscoa”.

Opinião partilhada por, Isabel, “Pessoas que conheciam outros países acabavam trazendo ovos de páscoa e os bolivianos gostaram, tanto é que há pouco tempo, cerca de 15 anos, agora assim como em outros lugares também comemos chocolate no domingo”.

Contexto cultural

Embora haja países em que há predominância de cristãos, há também àqueles que não celebram a data, como os judeus que consideram Jesus apenas como profeta. Com ateus e agnósticos a probabilidade é zero. Já os protestantes compreendem a páscoa como dia de celebração apenas no domingo na ressurreição, ficando a cargo do cristão comer ou não carne vermelha, já que não há nenhuma objeção incisiva por parte da maioria das igrejas evangélicas.

Comemorações da Páscoa no Brasil e no mundo
Mônica Cardoso/iG

A data sagrada para os cristãos é comemorada em todo mundo, mas de diferentes formas: procissões, teatros e até tapetes de flores.

Pelo mundo todo, pipocam eventos durante a Páscoa que atraem milhares de fiéis e turistas. Alguns, bastante tradicionais, ocorrem há séculos. A data, que celebra a ressurreição de Cristo, também significa renascimento.

Mas em cada parte do mundo, a comemoração é feita de uma forma diferente: teatro ao ar livre no Brasil, peregrinações em Israel, procissões medievais na Espanha, cavalgadas na Alemanha. Descubra as peculiaridades de cada celebração e escolha a sua.

Nova Jerusalém – Pernambuco


Sob o céu estrelado, milhares de pessoas acompanham a encenação da Paixão de Cristo em Nova Jerusalém, a 180 quilômetros de distância de Recife. E os números impressionam. O público segue os passos de Jesus em nove palcos gigantescos montados ao ar livre.

Mais de 500 atores e figurantes participam do espetáculo, que inclui o ator pernambucano José Barbosa no papel de Cristo, Larissa Maciel como Maria e Caco Ciocler como Judas. Considerado o maior teatro ao ar livre do mundo, com 100 mil metros quadrados, ele é realizado há 44 anos. Este ano ele acontece de 30 de março a 7 de abril. Os ingressos custam de R$ 30 a R$ 80.
Ouro Preto – Minas Gerais


O centro histórico de Ouro Preto fica mais colorido e perfumado na Páscoa. As ruas são forradas por coloridos tapetes de flores e serragem, uma tradição que remonta ao século 18. Durante a noite de sábado e na madrugada de domingo, a cidade se mobiliza para confeccionar o tapete – e os turistas também podem dar uma mãozinha. Grupos de seresteiros animam os trabalhadores.

Com mais de dois quilômetros de extensão, é formado um corredor que liga as igrejas de Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora do Pilar. É por ali que passará a procissão no domingo.

Sevilha – Espanha


As procissões tomam as ruas de todo o país desde a Idade Média. Em Sevilha, os festejos são celebrados desde o século 16. Milhares de membros das irmandades saem às ruas, cada uma com seu uniforme. Alguns vestem sóbrias túnicas e gorros pontudos, que podem parecer um tantinho assustadores.

Já os “costaleros” carregam os pesados carros dourados com imagens religiosas sobre as costas. O ponto alto é a madrugada da Sexta-Feira Santa, quando as imagens da Virgem de Macarena e a Virgem da Esperança da Triana deixam as igrejas. Todos os cortejos devem seguir até a majestosa catedral da cidade enquanto a multidão acompanha de pertinho ou do alto das sacadas das casas, entoando cânticos cristãos.

Jerusalém – Israel

Repleta de lugares sagrados para os cristãos, a cidade recebe milhares de pessoas durante a Semana Santa. A Via Dolorosa, na cidade velha, seria o caminho exato percorrido por Cristo até o calvário, carregando a cruz. Ela começa na Porta de Santo Estevão e termina na Igreja do Santo Sepulcro. Durante o trajeto, os fiéis param nas nove estações para meditar.

Outro local bastante concorrido é o Cenáculo, um pequeno edifício de dois andares no alto do Monte Sião. Foi ali que Jesus teria celebrado a última ceia. O local só é aberto duas vezes por ano: na Quinta-Feira Santa e no Dia de Pentecostes.

Roma – Itália


O momento mais aguardado da Semana Santa é a tradicional missa celebrada pelo Papa Bento 16 no domingo, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. No ritual da ressureição, dois diáconos mostram uma imagem de Cristo ao Papa e, em seguida, aos fiéis. A imagem, conhecida como “Acheropita”, significando que não foi pintada por mãos humanas, é uma das mais veneradas da cristandade.

Após a missa, o Papa lê a mensagem de Páscoa e dá a benção “Urbi et Orbi” a todo o mundo. Os milhares de cristãos que não conseguem entrar na igreja podem acompanhar a celebração pelos telões montados na praça.

Bautzen – Alemanha

Na cidadezinha alemã, a procissão é feita há mais de cinco séculos. Mas é um pouquinho diferente. Centenas de cavaleiros, vestidos com ternos e cartolas negros e montados sobre cavalos caprichosamente decorados, carregam bandeiras com a imagem de Cristo.

No domingo de manhã, eles assistem à missa de Páscoa e são abençoados pelo padre. Depois, partem ao som das badaladas dos sinos e percorrem as casas dos moradores para anunciar a boa nova da ressureição. A cada parada, o mesmo ritual: eles cantam canções religiosas e fazem uma prece.
 
Suécia

Na Sexta-Feira Santa, as crianças se fantasiam, com os rostos pintados e usando vassouras. E seguem o ritual de ir até as casas dos vizinhos para pedir doces. De acordo com a cultura local, as bruxas voavam com o diabo Blakulla nas vassouras durante a Semana Santa.

Por esse motivo, as pessoas costumam acender fogueiras na véspera do feriado para espantar as feiticeiras. Também é comum usar penas de aves como amuletos, mas com um detalhe: devem ser pintadas em cores bem fortes de rosa, azul, amarelo e vermelho.

Fonte: 
Angelina Miranda para Bolívia Cultural 
Mônica Cardoso, especial para o iG São Paulo

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